Líder global em biotecnologia do etanol diz que Brasil precisa de mais eficiência r5a12

Compartilhe: 516g1e

Fernanda Firmino (1)

Segundo a LBDS, cerca de 80% do custo do etanol de cereais no país está na matéria-prima, o que torna essencial a adoção de tecnologias capazes de maximizar a conversão e reduzir perdas. “A prática de fermentações com altos sólidos visando aumento de moagem não é nenhum pecado, porém, só é válida quando a biorrefinaria tem a infraestrutura operacional adequada para um processo deste perfil e consegue, assim, associar aumento de produtividade com alto rendimento. Do contrário, a conta não fecha”, explica Fernanda Firmino, vice-presidente de biocombustíveis da LBDS para a América do Sul.

Pioneira no desenvolvimento e fornecimento de leveduras de alta performance para a indústria de biocombustíveis, a LBDS também tem ampliado sua atuação no mercado de enzimas. A recente aquisição da divisão de enzimas da BASF fortalece essa frente e permite à empresa oferecer soluções integradas que aumentam a produtividade industrial e otimizam a conversão do amido em etanol.

Eder Bordin, gerente de tecnologia e inovação da LBDS South America, reforça algumas considerações de processos importantes em fermentações com altos sólidos: “Um desafio observado pelas biorrefinarias que trabalham com altos sólidos é incapacidade de finalizar as fermentações, que se arrastam para além de 60 horas. Isso resulta em perdas significativas de açúcar residual e, consequentemente, de etanol, reduzindo tanto a produtividade quanto o rendimento”, afirma.

Segundo ele, é possível aumentar a produtividade com fermentações com menos sólidos, e finalizando antes de 60 horas. “Deste modo, converte-se o máximo do amido em etanol, e ainda se ganha em número de bateladas no ano, o que pode levar ao aumento da moagem da mesma forma”, explica Eder. Ainda de acordo com a empresa, o cenário de juros altos no país pressiona os custos operacionais de toda a cadeia produtiva, especialmente nos setores intensivos em capital, como o de biocombustíveis. O Brasil vive atualmente um momento de juros elevados, com a taxa Selic em 14,25% ao ano, com o objetivo de conter a inflação acumulada de 4,50% nos últimos 12 meses, ainda acima da meta de 3% estabelecida para o período.

“Nesse cenário de juros altos, principalmente, precisamos espremer o milho, ou seja, extrair o máximo da matéria-prima para fazer mais com menos, e não mais com mais!”, ressalta Fernanda Firmino. A LBDS tem no foco na conversão otimizada dos cereais, realizada por leveduras biotecnológicas de alta performance, que garantem fermentações mais rápidas com total aproveitamento, alta produtividade e maior produção de etanol por tonelada de milho processado.

Dados da LBDS mostram que a tecnologia desenvolvida pela empresa aumentam em até 6% a produtividade do biocombustível, com fermentações mais rápidas, e elevam as margens operacionais para 24,5%, ante 22,9% com leveduras convencionais, sem demanda de novos investimentos em CAPEX e OPEX. “Nosso legado centenário de inovação, somado à expertise técnica e à produção local, nos permite oferecer soluções robustas e sob medida para impulsionar a eficiência da indústria brasileira”, conclui Fernanda. A LBDS responde por quase metade de todo o mercado de biotecnologia aplicada ao etanol de milho no Brasil — e sua tecnologia já está presente em uma parcela significativa da produção nacional de etanol de cana. Com a modernização das biorrefinarias em curso, a empresa mira um crescimento exponencial nos próximos anos.

Fernanda Firmino é vice-presidente de biocombustíveis da LBDS para a América do Sul.

Leia também 5ue6b

Persa Investments compra São Vicente S/A: gigante lácteo de R$ 600 mi 3i4u3k

Leia mais »

Número de trabalhadores no agronegócio brasileiro bate recorde 6p3x36

Leia mais »

Roberto Betancourt diz que nutrição animal e ESG conversam muito bem 3k4i4c

Leia mais »