Encontro em Ribeirão Preto (SP) tem cobertura total da Plataforma AgroRevenda e reúne profissionais ligados à cadeia produtiva da cana-de-açúcar do Brasil, Paraguai, da Bolívia e Argentina 1rj2
A lembrança da morte do pesquisador Antonio César Salibe marcou a abertura da 24ª edição do ‘Herbishow – Seminário sobre Controle de Plantas Daninhas na Cana’, evento tradicionalíssimo do segmento realizado pelo Grupo IDEIA. Salibe era CEO da União Nacional da Bioenergia (UDOP), foi um dos fundadores da entidade e ajudou a consolidar a produção canavieira na região de Araçatuba, no interior de São Paulo. A UDOP surgiu nos primeiros anos do Proálcool, programa brasileiro criado em 1975 como resposta à crise do petróleo, com o objetivo de incentivar a produção e o uso de álcool combustível, especialmente etanol, derivado da cana-de-açúcar, como alternativa à gasolina.
A mensagem foi dada pelo engenheiro agrônomo Dib Nunes, comandante do IDEA e um dos maiores especialistas em cana-de-açúcar do Brasil, que pediu palmas à plateia para homenagear o pioneiro do Etanol. “Ele foi um dos responsáveis pela integração entre os diversos profissionais das áreas agrícola, industrial e de gestão que marcam a cadeia produtiva da cana há 50 anos. Certamente, contribuiu decisivamente para o atual estágio de qualidade e sofisticação das lavouras e das safras da cultura. E é isso que nós vamos fazer nestes dois dias. Tratarmos de tecnologias práticas para serem incorporadas por usinas e produtores rurais’, acrescentou Dibe Nunes.
Dib Nunes é mentor do Grupo IDEA, agrônomo e um dos maiores especialistas em cana-de-açúcar do Brasil. E ainda vai se apresentar no evento, falando sobre como ser mais eficiente e reduzir os custos na gestão do manejo de plantas daninhas. “O que vocês ouvem aqui não se aprende nos bancos da escola. Só na vida, no campo, trabalhando. Há uma intensa evolução do setor, com mudança nos conceitos com produtos e formação de aplicação. Tudo por causa da presença da palha, em mais de 90% dos canaviais brasileiros. Ela selecionou daninhas mais agressivas, que exigem novas combinações, equipamentos, métodos de gestão, produtos. Só se combate daninhas com muito conhecimento e gestão. Já temos mais de 40 moléculas no mercado. E toda a preocupação é importante. Bastam vinte dias e a daninha já está presente e concorrendo com a cana”, alertou Nunes.
O evento atrai especialistas, pesquisadores e profissionais do setor canavieiro de quinze estados brasileiros, Paraguai, Bolívia e Argentina. Todos discutindo as melhores práticas, inovações tecnológicas e estratégias de manejo que ajudem a enfrentar os desafios impostos pelas plantas daninhas no campo. Incluindo capim camalote, corda-de-viola e grama seda – além do uso estratégico de herbicidas em diferentes fases da cultura.
São quase vinte palestras, homenagem ao agrônomo do ano, apresentações técnicas de empresas apoiadoras e participantes, casos de sucesso nas fazendas, lançamento de produtos, Feira de Negócios e uma confraternização oferecida pela Syngenta. Debates sobre precisão e escolha de herbicidas em cenários desafiadores, seletividade, pós-emergência, áreas de reforma, controle em folhas largas, aplicação aérea, controle prolongado das infecções no período seco e controle superior para cana planta e soca úmida.
Na manhã de abertura , o Herbishow mostrou ainda as palestras de Carlos Azania (Instituto Agronômico de Campinas – IAC), Rene pereira (Grupo Pedra – Usina Ipê), Marcelo Nicolai (Agro do Mato)e Rodolfo Albuquerque (Basf), Luiz Henrique Campos (Herbtech) e Gustavo Colombini (cromai). O evento termina, amanhã, dia 22, quinta-feira, e está sendo realizado no Shopping Ribeirão.