Gestão eficiente energiza exportação de carne brasileira para os EUA 1e543y

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O mês de abril registrou um aumento expressivo nas exportações de carne bovina do Brasil para os Estados Unidos, mesmo após o anúncio das taxações pelo governo norte-americano a diversos setores e países. Segundo dados recém-divulgados pela Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), houve um salto de 498% nas vendas no último mês, chegando a 47,8 mil toneladas do produto, colocando os EUA como o segundo maior comprador da carne nacional. 3x3918

O salto, positivo para os produtores brasileiros, pode expor um desafio estratégico para o agronegócio: responder de forma estruturada aos movimentos e interesses do mercado externo. Para o vice-presidente de Agro da Falconi, Andre Paranhos, a capacidade de aproveitar esses momentos está diretamente ligada à maturidade de gestão nas cadeias produtivas. “As oportunidades não avisam com antecedência. Quem utiliza tecnologia nos modelos de negócio, tem processos bem definidos, controle de custos e capacidade de escalar produção com eficiência, larga na frente”, afirma.

Vale ressaltar que, somente no último mês, a carne bovina in natura respondeu por quase 90% do total exportado globalmente e 91,3% da receita gerada. Subprodutos como a gordura bovina, carnes industrializadas, miúdos, entre outros, também registraram forte aumento, segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex/MDIC). De janeiro a abril, o Brasil já acumulou quase 950 mil toneladas comercializadas desse item, um aumento de 13,5% em comparação com o mesmo período em 2024.

Segundo Paranhos, momentos de aumento repentino de demanda colocam à prova a capacidade de gestão tanto dentro da porteira quanto na logística e nos processos de qualidade industrial. “A gestão eficiente permite que o produtor ou a indústria agropecuária aumente a produção sem comprometer padrões sanitários, níveis de produtividade ou rentabilidade”, explica.

O executivo também destaca que a busca por ganhos de escala precisa ser orientada por dados e planejamento. “É fundamental ter visibilidade sobre os indicadores-chave, como custos variáveis, capacidade de processamento e níveis de estoque. Sem isso, o risco é perder margem, sofrer com gargalos logísticos ou comprometer a reputação no mercado internacional”, avalia.

Paranhos finaliza reforçando que o setor agropecuário brasileiro deve tratar movimentos como o atual não apenas como um “buzz” momentâneo, mas como parte de uma estratégia maior de posicionamento global. “O agro precisa estar preparado para sustentar o crescimento, mesmo diante de volatilidades. Gestão, tecnologia e qualificação de pessoas são os pilares para transformar picos de demanda em crescimento consistente”, conclui.

Andre Paranhos é vice-presidente de Agro da Falconi consultoria de gestão empresarial e de pessoas.

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