O mercado de fertilizantes continua em ritmo dinâmico, com altas nos preços e incertezas que podem influenciar diretamente o planejamento dos produtores. No relatório semanal da StoneX, o time de Inteligência de Mercado detalha os principais fatores que têm afetado os preços dos nitrogenados, fosfatados e potássicos no Brasil e no exterior. A análise traz ainda os possíveis efeitos de uma retomada das exportações chinesas. Veja a seguir mais detalhes. 244o3u

Nitrogenados: os preços da ureia seguem em alta nos EUA, impulsionados por oferta restrita e forte demanda no ciclo do milho, enquanto no Brasil recuam diante de menor apetite comprador. No cenário internacional, o mercado monitora com cautela os sinais de possível retomada das exportações chinesas, fator com potencial de pressionar os preços globalmente. Apesar da ausência de anúncio oficial, as expectativas já impactam o comportamento dos compradores, que adiam aquisições à espera de maior visibilidade sobre a oferta futura.

Fosfatados: os preços do MAP e do DAP subiram tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos, refletindo a oferta limitada dos fosfatados no mercado internacional. Essa elevação pode desincentivar ainda mais as aquisições de MAP, visto que as relações de troca entre os grãos e esse fertilizante estão nos piores níveis dos últimos anos. Diante disso, é possível que agricultores brasileiros busquem alternativas com menor concentração de fósforo e melhor relação custo-benefício, na tentativa de reduzir os custos de adubação. No cenário internacional, o mercado acompanha de perto os rumores sobre a possível retomada das exportações de MAP/DAP pela China — movimento que pode aliviar a escassez de mercadorias, mas que ainda está cercado de incertezas quanto ao volume e ao cronograma.

Potássicos: o mercado global de potássicos segue em tendência altista, mas com variações pouco significativas desde a semana ada. No Brasil, os preços do KCl estão em trajetória de alta desde o início do ano, o que tem lentamente deteriorado as relações de troca dos produtores de grãos. Na China e na Índia, há rumores de que esses países negociam contratos de importação de KCl para os próximos meses. No entanto, ainda não há confirmação oficial.